Com oficinas sobre política, o Coletivo Jovem Tapajônico enfrenta o desafio de apresentar para o público das comunidades conceitos e termos técnicos de forma mais simples e de fácil compreensão. Para Walter Kumaruara, estudar e pensar como e para quem o conteúdo é um exercício de criatividade que precisa ser feito. “Pensar a linguagem é importante e é necessário ter paciência e tempo para fazer isso”, ressalta.
Muitos desses trabalhos se dão inicialmente de forma voluntária, como é o caso do Coletivo Jovem Tapajônico e da Abaré. Ambos têm buscado recursos financeiros e lutado para manter as ações dos coletivos. Jullie afirma que com o trabalho voluntário a organização precisa desenvolver atividades que os integrantes gostem de trabalhar, além de estabelecer estratégias que facilitem a execução dessas ações. O objetivo é facilitar a rotina dos integrantes e engajar mais pessoas na realização das oficinas.
“A Abaré tem oito pessoas que fazem um trabalho voluntário fixo, mas é complicado fazer isso sem recursos. Por isso é importante começar a fazer pelo o que você faz e que tem um déficit na sua cidade. Nós temos um planejamento pedagógico e planos de aula que vamos adaptando de acordo com o público, isso tem ajudado”, disse Jullie.