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Se eu fosse outra: reflexões sobre autocuidado

Pioneiro, o texto a seguir coloca em xeque muitos dos usos do termo autocuidado, em especial aqueles que o veem como garantia da continuidade da produção do indivíduo no sistema capitalista – ou mesmo, no universo ativista, como garantia da prontidão do indivíduo para a luta.

Nota introdutória

O zine Se eu fosse outra foi publicado originalmente em setembro de 2013 como Self As Other: Reflections on Self-Care. É de autoria de CrimethInc.1, que se define como “uma aliança rebelde (…) um think tank que produz ideias e ações inflamáveis, uma esfinge que coloca questões fatais para as superstições de nossa era”. Além de tudo isso, CrimethInc. é descrita por uns como uma rede de produção de conteúdo e eventos fundada em meados dos anos 1990 nos Estados Unidos por pessoas ligadas ao ativismo punk e, por outros, até mesmo como um grupo branco, de classe média, pós-punk e pós-situacionista2.

2 Rebekah Cordova. DYI Punk as Education: From Mis-Education to Educative Healing. Publicado em: Critical Constructions: Studies on Education and Society, 2016, p. 32-24.

Self As Other é a expansão de uma publicação de maio do mesmo 2013, chamada For All We Care: Reconsidering Self-Care (Sobre aquilo que nos toca: repensando o autocuidado). O texto inicial discute as contradições e múltiplas visões que permeiam a ideia de “cuidado”; na nova publicação, a ele foram agregados três relatos de indivíduos sobre suas batalhas pessoais com o conceito e a prática de cuidado. Aqui, apresentamos as duas primeiras partes do zine, originalmente publicadas em For All We Care, em tradução inédita. Livre para impressão e distribuição por qualquer um a todo e qualquer momento, confere igual liberdade e ânsia de libertação à categoria de cuidado3.

3 NT: O inglês utiliza gênero neutro em adjetivos e alguns pronomes. Na tradução, optou-se diversas vezes por utilizar o gênero feminino, em vez do masculino, como é padrão. Isso porque, em vários trechos, o texto fala das mulheres, principalmente as negras, as trabalhadoras sexuais, as secretárias e as donas de casa como aquelas mais afetadas pela atual estrutura de cuidado. Está evidente, assim, que o texto está endereçado a essas pessoas.

Fuja daquilo que é confortável. Esqueça a segurança. Viva onde você teme viver. Destrua sua reputação. Seja notório. –Rumi

Sobre aquilo que nos toca: repensando o autocuidado

Nos anos 1980, enquanto lutava contra o câncer, Audre Lorde afirmou que cuidar de si mesma era um “ato de guerra política”. Desde então, o autocuidado se tornou um jargão popular em círculos ativistas. A retórica do autocuidado passou de específica a universal, de desafiadora a prescritiva. Quando falamos de autocuidado hoje, estamos falando do mesmo que Audre Lorde? É hora de reexaminar esse conceito.

Mas o que poderia estar errado com o cuidado? E por que implicar com o autocuidado, dentre todas as coisas?

Primeiro, porque ele se tornou uma vaca sagrada. É doloroso ouvir as pessoas falarem de forma moralista e hipócrita sobre qualquer coisa, especialmente sobre as coisas que mais importam. A unanimidade devota implica em um lado obscuro: à sombra de cada igreja, um antro de pecado. Isso cria um outro, traçando uma linha entre nós, bem como através de nós.

Auto e cuidado – nesta ordem – são valores universalmente reconhecidos nesta sociedade. Qualquer pessoa que apoie o autocuidado está do lado dos anjos, como diz o ditado – o que equivale a dizer que está contra todas as partes de nós que não se encaixam no sistema de valores prevalecente. Se quisermos resistir à ordem dominante, temos que jogar como advogadas do diabo, buscando aquilo que está difamado e excluído.

Sempre que um valor é considerado universal, encontramos as pressões da normatividade: por exemplo, a pressão para performar o autocuidado para os outros, mantendo as aparências. Muito do que fazemos nesta sociedade é motivado por manter nossa imagem de indivíduos bem-sucedidos e autônomos, independentemente da realidade. Nesse contexto, a retórica do autocuidado pode mascarar o silenciamento e o policiamento: por favor lide com seus problemas sozinho, para que ninguém mais precise fazê-lo.

Pressupor que o autocuidado é sempre bom significa inferir que auto e cuidado têm sempre o mesmo significado. Mas, aqui, queremos desafiar compreensões monolíticas e estáticas do eu e do cuidar. Propomos que diferentes tipos de cuidado produzem diferentes tipos de eu, e que o cuidado é um dos campos de batalha em que as lutas sociais sucedem.

Não me fale para ficar calma

Embora defensores do autocuidado enfatizem que ele pode ser diferente para cada pessoa, as sugestões costumam ser curiosamente similares. Ao pensar em atividades estereotipadas de “autocuidado”, o que você imagina? Tomar um chá, assistir a um filme, tomar um banho de banheira, meditar, fazer yoga? Essa seleção sugere uma ideia bastante restrita do que é o autocuidado: essencialmente, acalmar-se.

Todas essas atividades são construídas para ativar o sistema nervoso parassimpático, que governa o descanso e a recuperação. Mas algumas formas de cuidado requerem adrenalina e atividades extenuantes, que estão sob domínio do sistema nervoso simpático. Uma forma de prevenir o transtorno de estresse pós-traumático, por exemplo, é conceder ao sistema nervoso simpático liberdade suficiente para descarregar o trauma por meio do corpo. Quando uma pessoa está tendo um ataque de pânico, tentar acalmá-la raramente ajuda. A melhor forma de lidar com um ataque de pânico é correr.

Então comecemos descartando qualquer entendimento normativo do significado de cuidar de si. Pode significar acender velas, tocar um disco de Nina Simone e reler The Animal Family, de Randall Jarrell4. Pode também significar sadomasoquismo, arte performática intensa, artes marciais, estilhaçar vidraças de bancos ou erguer a voz contra alguém que abusou de você. Pode até mesmo parecer ser trabalho muito pesado para outras pessoas – ou pode ser parar de funcionar completamente. Isso não é apenas um clichê pós-moderno (“cada um na sua”), mas uma questão do tipo de relação que estabelecemos com nossos desafios e nossa angústia.

4 Ainda não publicada no Brasil

Cuidar de nós mesmas não significa pacificar-nos. Devemos suspeitar de qualquer entendimento do autocuidado que identifique bem-estar com placidez ou nos peça para performar “saúde” diante de outras pessoas. Será que podemos imaginar, ao invés disso, uma forma de cuidado que dê ferramentas para que possamos estabelecer um relacionamento intencional com nosso lado obscuro, permitindo a nós reunir forças a partir do redemoinho caótico que nos habita? Tratar a nós mesmas com gentileza pode ser uma parte essencial disso, mas não devemos pressupor uma dicotomia entre curar-se e engajar-se nos desafios dentro e ao redor de nós. Se o cuidado for apenas o que acontece quando nos afastamos dessas batalhas, estaremos eternamente divididas entre uma suspensão insatisfatória do conflito e seu lado oposto, um vício em trabalho [workaholism] que jamais é suficiente. Idealmente, o cuidado deveria abranger e transcender tanto a luta quanto a recuperação, destruindo os limites que as dividem.

Esse tipo de cuidado não pode ser descrito por meio de clichês. Ele não é um ponto de agenda conveniente para se acrescentar ao programa de alguma ONG. Ele demanda medidas que irão interromper nossos papéis atuais, conduzindo-nos ao conflito com a sociedade em geral e até com algumas pessoas que afirmam estar tentando mudá-la.

Por meio de sua resposta ao perigo, é fácil dizer o que você viveu e o que lhe foi feito. Você mostra se quer continuar vivo, se pensa que merece viver, e se acredita que vale a pena agir. –Jenny Holzer

 

O amor é um campo de batalha

Se quisermos identificar aquilo que vale a pena preservar no autocuidado, podemos começar analisando o cuidado por si só. Defender o cuidado como um bem universal é deixar escapar o papel que o cuidado também tem em perpetuar os piores aspectos do status quo. Não existe algo como o cuidado em sua forma pura. Não, o cuidado é partidário – ele é repressivo ou libertador. Existem formas de cuidado que reproduzem a ordem existente e sua lógica, e outras formas de cuidado que nos permitem lutar contra ela. Queremos que nossas expressões de cuidado nutram a libertação, não a dominação – que unam pessoas com base em um outra lógica, outros valores.

Seja na atenção ao lar ou no trabalho doméstico profissional – sem contar a enfermagem, hospitalidade, e sexo por telefone – mulheres e pessoas negras são desproporcionalmente responsáveis pelo cuidado que mantém a sociedade funcionando, e no entanto têm voz desproporcionalmente menor para dizer o que esse cuidado engendra. Da mesma forma, uma tremenda quantidade de cuidado é empregada para lubrificar o maquinário que mantém a hierarquia: as famílias ajudam os policiais a relaxar depois do trabalho, as trabalhadoras sexuais ajudam os homens de negócios a descarregar as energias, as secretárias assumem o trabalho invisível para manter os casamentos dos executivos.

Então, o problema com o autocuidado não é apenas o prefixo individualista. Para algumas de nós, focar em autocuidado ao invés de cuidar de outrem seria uma proposição revolucionária, ainda que quase inimaginável – e, enquanto isso, os privilegiados se congratulam por suas excelentes práticas de autocuidado sem reconhecer o quanto de seu sustento vem de outras pessoas. Quando concebemos o autocuidado como uma responsabilidade individual, nós nos tornamos menos propensas a ver as dimensões políticas do cuidado.

Algumas já pediram uma greve de cuidado: uma resistência pública e coletiva às formas pelas quais o capitalismo se apoderou do cuidado. No texto Una Huelga de Mucho Cuidado, as militantes espanholas Precarias a La Deriva exploram as maneiras com que o cuidado foi comoditizado ou invisibilizado – desde o trabalho sexual e o relacionamento com clientes na esfera do mercado até o cuidado emocional não-remunerado nas famílias. Elas nos desafiam a imaginar meios de arrancar o cuidado da manutenção de nossa sociedade estratificada e distribuí-lo em abundância para fomentar a união e a revolta.

Mas esse projeto depende daquelas que já são mais vulneráveis em nossa sociedade. Seria necessário ter imenso apoio de entes familiares, trabalhadoras sexuais e secretárias para entrar em uma greve de cuidado sem sofrer terríveis consequências.

Então, ao invés de promover o autocuidado, devemos buscar redirecionar e redefinir o cuidado. Para algumas de nós, isso significa reconhecer como nos beneficiamos de desequilíbrios na atual distribuição do cuidado, bem como superar formas de cuidado que foquem exclusivamente em nós mesmas, para então apoiar estruturas que beneficiem todas as pessoas participantes. Quem está trabalhando para que você possa descansar? Para outras pessoas, isso pode significar cuidar delas mesmas com mais qualidade do que elas aprenderam que merecem – ainda que seja pouco realista esperar que qualquer pessoa empreenda isso individualmente, como uma espécie de política de consumo do eu. Em vez de criar comunidades muradas de cuidado, vamos buscar formas de cuidado que sejam expansivas, que interrompam nosso isolamento e ameacem nossas hierarquias.

A retórica do autocuidado foi apropriada de maneira que pode reforçar o direito das pessoas privilegiadas. Mas uma crítica do autocuidado não deve ser usada como mais uma arma contra aquelas que já são desencorajadas a procurar cuidado. Alto lá!5

5 No original, “In short: step up, step back”. A expressão “step up, step back” é frequentemente empregada em reuniões para incentivar que aqueles que falam pouco se coloquem mais, e vice-versa, como instrumento para combater silenciamentos estruturais. Neste texto, ela vem alertar para a necessidade de que a crítica do autocuidado empodere aquelas que são oprimidas pelo sistema, e não o contrário.

Uma luta que não entenda a importância do cuidado está fadada a falhar. As revoltas coletivas mais intensas são construídas sobre um pilar de apoio e zelo. Mas reivindicar o cuidado não significa apenas cuidar mais de nós mesmas, mais um item em nossa lista de afazeres. Significa quebrar o acordo de paz com nossas regras, suprimir o cuidado dos processos que reproduzem a sociedade em que vivemos e colocá-lo a serviço de propósitos subversivos e insurgentes.

Além da autopreservação

“Saúde é um fato cultural no sentido mais amplo da palavra, um fato que é também político, econômico e social, um fato que é ligado a um certo estado da consciência individual e coletiva. Toda era define um perfil ‘normal’ de saúde.” –Michel Foucault

A melhor forma de vender um programa normativo para as pessoas é enquadrá-lo em termos de saúde. Quem não quer ser saudável?

Mas, assim como o “auto” e o “cuidado”, a saúde não é algo único. Em si mesma, a saúde não é intrinsecamente boa – é apenas a condição que permite ao sistema seguir funcionando. Pode-se falar da saúde de uma economia ou de um ecossistema: com frequência, estes mantêm entre si um relacionamento inverso. Isso explica por que algumas pessoas descrevem o capitalismo como um câncer, enquanto outras acusam “anarquistas black bloc” de serem o câncer. Os dois sistemas são letais um ao outro; nutrir um deles significa comprometer a saúde do outro.

A função repressiva das normas de saúde é suficientemente óbvia no campo profissional da saúde mental. Enquanto a drapetomania6 e a anarquia eram outrora invocadas para estigmatizar escravos e rebeldes fugitivos, os clínicos de hoje em dia diagnosticam o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Mas o mesmo acontece longe das instituições psiquiátricas.

6 Drapetomania é um “diagnóstico” médico proposto em 1851 por Samuel A. Cartwright, um médico estadunidense do escravagista estado da Louisiania. O termo deriva do grego e quer dizer algo como “mania de fugir”. Num artigo publicado à època, Cartwright argumentava que a tendência de fuga dos escravos na verdade se tratava de uma desordem médica e que podia ser prevenida e tratada com altos índices de sucesso.

Numa sociedade capitalista, não deveria surpreender que tendemos a mensurar saúde em termos de produtividade. O autocuidado e o vício em trabalho são dois lados da mesma moeda: preserve-se para poder produzir mais. Isso explicaria por que a retórica do autocuidado é tão prevalente no terceiro setor, onde a pressão para competir por financiamento costuma obrigar as pessoas a mimetizar o comportamento corporativo, mesmo que sob outras terminologias.

Se o autocuidado é apenas uma forma de suavizar o impacto de uma demanda por produtividade em constante crescimento, e não uma rejeição transformadora desta demanda, ele é parte do problema, e não a solução. Para que o autocuidado seja anticapitalista, ele precisa expressar uma concepção diferente de saúde.

Isso é especialmente complicado à medida que nossa sobrevivência se interliga com o funcionamento do capitalismo (uma condição designada por alguns com o termo biopoder). Nessa situação, a forma mais fácil de preservar sua saúde é sobressair-se na competição capitalista – a mesma coisa que tanto nos tem prejudicado. “Não existe outra pílula para tomar, então engula aquela que te adoeceu”.

Para escapar a este círculo vicioso, temos que passar da reprodução de um “eu” para a produção de outro. Isso demanda uma noção de autocuidado que é transformadora ao invés de conservadora – uma que entende o eu como dinâmico, e não estático. O ponto não é refrear a mudança, como na medicina ocidental, mas sim fomentá-la; no baralho de tarô, a Morte representa a metamorfose.

Não existe outra pílula para tomar,
então engula aquela que te adoeceu

Da perspectiva do capitalismo e do reformismo, qualquer coisa que ameace nossos papéis sociais não é saudável. Enquanto permanecermos dentro do paradigma anterior, pode ser que apenas comportamentos julgados não saudáveis possam apontar a saída. Quebrar com a lógica do sistema que nos manteve vivos demanda às vezes uma atitude inconsequente.

Isso pode jogar luz sobre a conexão entre comportamentos aparentemente autodestrutivos e a rebelião, conexão esta que remonta a muito antes do punk rock. O lado radical das assembleias do Occupy Oakland, onde ficavam todas as pessoas fumantes, era conhecido como “black lung bloc” (bloco do pulmão preto) – o câncer do Occupy, certamente! A energia autodestrutiva que conduz as pessoas ao vício e ao suicídio pode também habilitá-las a assumir riscos corajosos para mudar o mundo. Podemos identificar múltiplas correntes dentro do comportamento autodestrutivo, algumas das quais oferecem um tremendo potencial. Precisamos de uma linguagem para explorar isso, já que nossa linguagem para autocuidado pode perpetuar um falso binarismo entre doença e autodestruição, de um lado, e saúde e luta, de outra. Ao falarmos sobre romper com a lógica do sistema, não estamos apenas falando de uma decisão corajosa que indivíduos presumivelmente saudáveis realizam no vácuo. Mesmo que distantes do comportamento “autodestrutivo”, muitos de nós já vivenciam a doença e deficiência que nos posiciona fora da concepção societal de saúde. Isso nos força a brigar com a questão do relacionamento entre saúde e luta.

Na luta anticapitalista, será que também associamos saúde com produtividade, denotando que pessoas doentes não podem efetivamente participar? Ao invés disso – sem declarar as pessoas doentes como o sujeito revolucionário a la Icarus Project7 – poderíamos buscar formas de lidar com a doença que nos arranquem de nosso condicionamento capitalista, interrompendo uma forma de existir em que a autovalorização e os vínculos sociais pressupõem uma falta de cuidado conosco e com os outros. No lugar de patologizar a doença e a autodestruição como distúrbios a serem curados em nome da eficácia, poderíamos reimaginar o autocuidado como uma forma de perscrutá-las em busca de novos valores e possibilidades.

Icarus Project é uma rede estadunidense de apoio e educação construída por e para pessoas com questões de saúde mental. O projeto possui uma visão radical que associa saúde mental à justiça social e fomenta iniciativas de cuidado mútuo e apoio que levem à cura e libertação coletivas.

Pense em Virginia Woolf, Frida Kahlo, Voltairine de Cleyre e todas as outras mulheres que bebiam da fonte de suas batalhas pessoais com a doença, a lesão e a depressão para criar expressões públicas de cuidado insubordinado. E Nietzsche: era a sua saúde débil um mero obstáculo que ele, energicamente, superou? Ou era ela intrínseca à sua percepção e às suas lutas, um passo essencial no caminho que o guiou para longe do conhecimento transmitido para que ele pudesse, então, descobrir uma coisa outra? Para entender seus escritos no contexto de sua vida, temos que imaginar Nietzsche em uma cadeira de rodas enfrentando um batalhão da polícia de choque, e não voando pelos ares com um S impresso no peito.

Sua fragilidade humana não é um defeito lamentável que precisa ser tratado com formas adequadas de autocuidado até que você consiga retornar ao trabalho árduo. A doença, a deficiência e a improdutividade não são anomalias a se eliminar; são momentos que ocorrem em toda e qualquer vida e oferecem um terreno comum para nos unirmos. Se levarmos esses desafios a sério e abrirmos espaço para focar neles, eles podem apontar o caminho para além da lógica do capitalismo, rumo a uma forma de vida em que não exista dicotomia entre cuidado e libertação.

 

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