E mais: Como fazer uma cooperativa / Veracrypt/ Caso Brigadistas de Alter do Chão

 

Uma matéria publicada neste mês na revista Nature perguntou a especialistas que nota, de um a cinco, eles dariam para o governo Lula na pauta socioambiental. As notas variaram entre 2,5 e 4. É claro que o governo Bolsonaro colocou o sarrafo lá embaixo. E sim, houve medidas importantes nesse governo até agora. Mas o tamanho do desafio que as pessoas que dependem do meio ambiente para seguir vivas (spoiler: todas as pessoas, mas algumas mais vulneráveis) exige respostas mais urgentes e decisivas. Especialmente no campo da matriz energética e na defesa dos biomas e territórios dos povos tradicionais. Um dos analistas disse que falta ao governo “deixar uma mensagem bem claro aos aliados no Congresso que direitos indígenas não são negociáveis”.

 

Pensando nisso, e no fato de que a extrema-direita e setores econômicos que se beneficiam da destruição do meio ambiente seguem muito bem articulados, produzimos neste mês uma matéria sobre as principais bombas que caminham pelo Congresso Nacional.

 

Entre as principais medidas, figuram uma que fragiliza a proteção da Mata Atlântica e o PL 29003/23, que institucionaliza o inconstitucional Marco Temporal e já está no Senado aguardando apreciação.

 

Nossa entrevistada, a advogada e assessora parlamentar Maíra Pankararu, acredita que isso é apenas o começo de um processo de reestruturação e contra-ataque da extrema-direita. “Estamos no início da legislatura e já tivemos de enfrentar essas pautas duríssimas. À medida que nosso mandato e outros se destacam no sentido de defender o meio ambiente, os povos indígenas, quilombolas, do campo, mulheres, enfim, minorias por sempre invisibilizadas e com pouca ou nenhuma representatividade, os ataques se endurecerão”, diz.

 

Nos próximos meses, iremos dedicar nossa produção e reflexão na Escola para os desafios da defesa da democracia e do enfrentamento da extrema-direita. Por enquanto, não deixe de ler nossa matéria A boiada não parou: conheça os projetos e medidas que mais ameaçam povos indígenas e o meio ambiente.

 

Mas isso não é tudo nesta newsletter...

Leia na Escola:

Uma coletânea dos principais conteúdos que saíram em nosso site nesse mês.

Caso Brigadistas de Alter do Chão: Para destruir o meio ambiente, comece perseguindo a sociedade civil

 

Enfrentar as ameaças do presente envolve ativistas protegidos e uma sociedade civil forte. Por isso, nos debruçamos sobre o caso da perseguição dos brigadistas de Alter do Chão (PA) e da ONG Saúde e Alegria. O caso finalmente foi arquivado, mas os efeitos da perseguição deixaram marcas no ativismo. LEIA AQUI

Veracrypt – como instalar e porque usar pastas criptografadas no computador

A criptografia é uma ferramenta essencial para coletivos e ativistas, cujos dados sensíveis podem sofrer ataques como forma de minar toda sua atuação. Para utilizá-la, nos recomendamos o Veracrypt. É uma ferramenta que garante a segurança de conteúdos, seja contra ataques virtuais ou mesmo diante do roubo de computadores e pendrives

Cooperativas: sua história, o que são e como criar um território sustentável

Não é de hoje que as cooperativas funcionam como "territórios sustentáveis" onde a economia é solidária e comunitária. Trouxemos exemplos de uma cooperativa de mulheres costureiras no Rio Grande de Sul e também de uma cooperativa agrícola que enfrenta o latifúndio, os transgênicos e os agrotóxicos. Para quem se interessou, há um passo a passo de como criar sua cooperativa. 

Leia mais
Na biblioteca: A Experiência da Advocacia Popular no Exercício do Direito ao Protesto
Na biblioteca: A Experiência da Advocacia Popular no Exercício do Direito ao Protesto
Coletânea de textos busca abordar tópicos diversos, como estratégias de mobilização, diálogo com as autoridades, proteção de manifestantes e as interações entre os direitos humanos e o direito ao protesto.
Clique aqui
O protesto como exercício da Democracia – de 2013 até hoje
Nas democracias, o direito ao protesto tem uma função basilar. Não apenas por estar entre as garantias fundamentais, mas também porque é por meio dele que se obtém a manutenção de todos os outros. Quando há o desejo autoritário de calar as vozes, é sobre ele que os primeiros golpes se concentram. Não sem motivo, a garantia de exprimir nossas opiniões e lutar pelos direitos são alvo de duplos ataques. Se por um lado o fascismo e a repressão buscam cercear aqueles e aquelas que lutam por garantias e avanços, por outro há o risco desse mesmo direito ser colocado como uma marionete, um fantoche útil para esconder desejos totalitários, sob a máscara da liberdade de expressão. Partindo dessa premissa, o Seminário “Direito ao Protesto como Exercício da Democracia: Das Jornadas de 2013 aos Desafios Atuais”, foi realizado nos dias 9 e 10 de agosto em Recife.
Saiba como foram os debates

Leia nas redes da Escola:

Todo mês a gente publica o compilado "Você disse ativista?". O material reúne ações ativistas pelo mundo que aconteceram mês a mês para noticiar e inspirar levantes e protestos. Confira a desse mês

E para finalizar, um pedido especial: se você gosta de nos acompanhar, que tal convidar alguém para seguir nossa newsletter? O link é esse aqui.

Se cuidem e boas lutas!

Até a próxima.

Escola de Ativismo

A Escola de Ativismo é um coletivo independente constituído em 2011 com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização, e segurança integral, voltadas para a defesa da democracia e dos direitos humanos.

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