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A branquitude se acomoda no invisível, a supremacia branca no vísivel: uma conversa sobre racismo e extrema-direita

A historiadora Caróu Oliveira e o antropólogo Thales Vieira, do Observatório da Branquitude, trocam sobre como a manutenção de privilégios da branquitude estrutura não só a extrema-direita mas todo espectro político e social do país

O integralismo, grupo e ideologia supremacista e fascista brasileira, teve seu auge nos anos 1930.

Foto: Reprodução

Quando se fala em raça, o que vem à sua cabeça? Em nosso país, associar os estudos – e pautas – raciais à população negra e indígena é bastante comum. Nos últimos anos, também observamos um crescimento da “racialização” de pessoas com origens orientais, mas raramente vemos o mesmo com pessoas brancas. Pois é, para além do “branco” nos formulários onde se declara raça, ser uma pessoa branca relaciona-se à ocupação de uma posição social, que varia de significado a depender do tempo e do espaço.

Os resultados dessa ausência já vêm sendo observados há muitos anos. No Brasil, em 1955 o sociólogo negro Guerreiro Ramos publicava sobre a necessidade de discutir as estruturas e desigualdades raciais brasileiras não só a partir das questões vinculadas às populações negras e indígenas, mas, também, em relação a outros grupos de nossa sociedade. O texto “A patologia social do branco brasileiro” foi um dos pioneiros no país na inversão do papel de objeto de estudos raciais: o “outro” agora era “o branco”. 

Nos tempos presentes, o caminho segue sendo trilhado, por Cida Bento e seu conceito de pacto narcísico da branquitude, explicitado no livro “Pacto da branquitude”, de 2022, e por uma série de outros intelectuais negros, presentes na Biblioteca Guerreiro Ramos, do Observatório da Branquitude, fundado no mesmo ano do livro. 

O Observatório, que já existia antes mesmo da fundação oficial, além da biblioteca também organiza seus próprios estudos e atua ativamente na “incidência estratégica”, como eles mesmos dizem, “nos alicerces em que as desigualdades raciais se apoiam”.  Para pensar mais sobre branquitude, e entender o que faz esse observatório, eu, Caróu Oliveira, historiadora, idealizadora da História da Disputa: Disputa da História, conversei com o Thales Vieira, antropólogo carioca co-diretor do Observatório da Branquitude, à convite da Escola de Ativismo.

Por problemas de natureza tecnológica, acabamos realizando a entrevista duas vezes. Spoiler: o problema é sempre a pessoa usuária… Eu, historiadora-não-jornalista, me perdi no diálogo e deixei de gravar apropriadamente a primeira conversa, re-feita depois muito generosamente pelo Thales. Por outro lado, minha formação em história e experiência como pessoa negra em estudos “à contrapelo” contribuíram para o desenvolvimento de uma conversa que foi muito interessante para nós. Na esperança de que seja também para vocês, transcrevo meu diálogo com o diretor do Observatório.

Caróu Oliveira: Pra começar, o que é a branquitude? O que significa esse conceito?

Thales Vieira: A branquitude é uma localização social baseada na manutenção de privilégios econômicos, jurídicos, políticos, culturais, privilégios de toda ordem, a partir do racismo. Tendo racismo como esse operador que garante os privilégios para determinada parcela da população, que busca uma apropriação monopolística dos recursos da sociedade. A partir de uma ideia de racismo – entendido aqui como uma consciência e estrutura ao mesmo tempo – que confere para um determinado grupo privilégios. Esse grupo é o que o ativa, o grupo que faz a engrenagem do racismo rodar. Então, isso já supõe duas coisas: a primeira é que a branquitude é uma localização social, é algo que se ocupa, é um espaço que se ocupa. A segunda coisa é que o racismo não é uma teia de preconceitos apenas, e também não é um comportamento que é uma aberração na sociedade. Ele é um conjunto complexo de produção de sistemas de dominação que, se provoca vítimas, também provoca privilégios, também atua em total benefício de quem o produz, por isso continuamente se produz racismo no Brasil e no mundo. Então é isso: a branquitude é essa localização social baseada na manutenção de privilégios econômicos, sociais e simbólicos para determinada parte da população.

Você me contou aquela história, de um post que vocês fizeram de comemoração no Instagram e alguém comentou “Ok, mas o que c4rX@#$ faz um Observatório da Branquitude?”. Eaí, o que faz um observatório da branquitude?

O Observatório da Branquitude busca desvelar essas estratégias que a branquitude usa para se manter no lugar que está, para se manter no lugar de poder, né? Então o que faz um Observatório da Branquitude é colocar a branquitude sobre escrutínio máximo, colocar a branquitude num holofote para, primeiro, destruir a ideia de uma universalidade. Então: se eles nos racializam, racializaremos eles também, né? Porque a gente os torna exóticos por causa disso, e se exóticos, objetos. Então a gente coloca eles nesse holofote, estuda eles, para poder compreender quais são as estratégias deles para a gente, no sentido de nos desigualar, mas também para si mesmos, no sentido de se manter no topo.

No começo do ano de 2024 vocês publicaram um estudo sobre supremacismo branco, onde falam que a “supremacia é como uma manifestação da branquitude, mas por outras vezes é a branquitude que sustenta a supremacia branca”. Vocês falam também que a branquitude se acomoda no invisível, e a supremacia branca se projeta no visível. Como isso acontece? Supremacismo branco não é coisa de extrema-direita? 

A extrema-direita encarna a supremacia branca como um elemento fundamental do seu fazer político. Ela é desavergonhada com relação a isso, e ela, de fato, pretende que a supremacia branca atue como uma consciência orientada para a extrema-direita. Então a extrema-direita vocaliza a supremacia branca, mas não é exclusividade dela. Essa semana [setembro de 2024] a gente teve uma fala do Lula em uma posse do judiciário, muito esquisita inclusive, dizendo que aquilo não tinha cara do Brasil, porque parecia uma supremacia branca. Digo que essa fala é esquisita porque Lula teve várias oportunidades de nomear uma pessoa negra para cargos importantes no judiciário e ele abriu mão disso — sempre abriu mão disso. Teve uma campanha muito forte ano passado por uma ministra negra no STF e o Lula deixou passar. Causa muito estranhamento que ele tenha falado que havia uma supremacia branca no judiciário em tom de surpresa ou em tom de indignação, já que ele não fez nada com relação a isso. Estou dando esse exemplo para dizer que a esquerda embora envergonhada disso, embora demonstrando algum nível de indignação com relação a essa onipresença branca nos espaços de poder, também não está tão interessada assim em fazer algo sobre isso, portanto, ela também atua na manutenção de uma supremacia branca, porque a supremacia branca, enquanto irmã da branquitude, também atua para a manutenção de privilégios. Portanto, para a esquerda branca colaborar [mesmo indiretamente] com o movimento da supremacia branca é interessante no sentido em que ela não precisa dividir os espaços com uma população negra, com uma população dita “marginalizada”.

 

"A extrema-direita encarna a supremacia branca como um elemento fundamental do seu fazer político. Ela é desavergonhada com relação a isso, e ela, de fato, pretende que a supremacia branca atue como uma consciência orientada para a extrema-direita."

Existe uma supremacia branca à brasileira? Há elementos de intercâmbio entre as práticas e conceitos supremacistas brasileiros e internacionais?

Nessa pergunta tem uma distinção que é muito importante fazer: que raça não é um constructo biológico, a raça é um constructo histórico-social. Então, o que é considerado branco varia no tempo histórico e varia entre um lugar e outro. O que não vai variar é a estima daquilo que é considerado branco, que é considerado uma característica positiva de determinados cidadãos. Embora pareça estranho pensar numa supremacia branca brasileira, afinal, quando a pessoa vai pro hemisfério norte fica naquela dúvida, se é branca ou não, ela está ali. E isso vai ser modulado de um lugar pro outro, ou seja, no Brasil, existe o branco, mas também existe aquele que é considerado branco e existe aquele que quer fazer valer essa sua brancura no sentido de estar numa posição suprema com relação às outras raças e às outras cores. E, portanto, numa produção ativa, isso que a gente vai chamando de supremacia, que é quando você está numa produção ativa de colocação social. Por isso, sim, existe uma supremacia branca brasileira.

Há elementos de intercâmbio com supremacias brancas de outros países e  isso ficou muito, muito, muito claro nos últimos anos. Sobretudo no último governo Bolsonaro, em que havia intercâmbio principalmente com os Estados Unidos, pensando estratégias, formas e táticas de agir.  Aquele foi um governo orientado para a supremacia branca, um governo pensado a partir desse lugar racial, ocupado por uma supremacia branca e com conexões reais, com conexões comprovadas, com uma supremacia branca, sobretudo, norte-americana.

 E essas conexões, com a saída do governo Bolsonaro, obviamente não acabaram, seguem ativas, seguem se pensando e formulando estratégias. O Brasil sempre foi um lugar que chamou muita atenção do ponto de vista racial, seja com as melhores ou com as piores intenções. Na década de 1950, aconteceu o Projeto Unesco, em que se criou um grande laboratório para pensar raça a partir do Brasil. Enfim, tem vários momentos históricos em que o mundo olha para o Brasil e pensa sobre o que é pensar raça num país que é por essência multiracial, um país que é por essência mestiço. Como é que se localizam essas posições raciais e sociais baseadas na raça? Enfim, o Brasil sempre chamou muita atenção com relação a isso, os  holofotes internacionais se viram para o Brasil para  pensar, e agora não é diferente, né? Então, pensar a supremacia branca a partir do Brasil ajuda a pensar as articulações globais de supremacia branca no mundo.

Reunião da Klu Klux Klan, grupo supremacista estadunidense.

Foto: Reprodução

Pensando nessa relação inter/extra nacional do racismo, o supremacismo branco é anterior ao projeto colonizador/colonial? Como esses processos se relacionam?

Olha, sempre houve distinções relacionadas à cor da pele, isso não foi uma novidade do ponto de vista colonial. Existem vários relatos históricos de distinções a partir da cor da pele, tentativas de desigualar os seres humanos a partir da cor da pele. Entretanto, a forma assumida no projeto de colonização transatlântico é uma forma muito particular, a escala que assume e o jeito que foi feito, é uma forma muito específica , que de fato transforma um mundo. A coisa assume uma escala global e transforma um mundo na prática, no modo da economia global, mas também a partir dessa consciência, de formulações filosóficas, teóricas, formulações no sentido de uma constituição daquilo que é o Ocidente. Transforma o mundo no sentido em que a identidade se formula para os brancos, como a identidade se forja a partir da negação desse outro, e por isso ele transforma o mundo, porque constitui sua identidade a partir de um outro que é negado. ara o branco, ele é porque o outro não é: ele não é por si, ele é porque o outro não é. Esse processo de desumanização é o que constitui aquilo que a gente chama de Ocidente no mundo. Então a colonização, a escravização, o tráfico transatlântico, de fato reconstituem o mundo, transformam o mundo de uma maneira que nenhuma outra tessitura de preconceitos conseguiu transformar.

O supremacismo branco se manifesta nessa camada visível através do medo e do terror, utilizados como estratégia de coerção e modulação de comportamento. Nossos corpos negros são expostos todo o tempo a uma série de violências e a gente quase se acostuma a ser alvo, como da violência policial ou da pobreza, por exemplo. Mas o medo não é exclusividade negra, já que a justificativa para os enclaves fortificados brancos e ação violenta da polícia é exatamente o medo, uma constante nas relações raciais. Qual o papel do medo na perspectiva da manutenção do status quo da branquitude?

Eu gosto muito de pensar nessa ideia do medo. Acho que tem coisa aí que vem lá da psicanálise, do que significa esse medo branco. Tem uma produção contínua de medo, que é quase sobre si mesmo, da branquitude, no sentido de que a branquitude tem muito medo de encontrar seu próprio passado e de encontrar sua própria fragilidade, porque cria-se um mundo insuportável para o outro e tem que ter medo mesmo do que esse outro pode fazer.  Porque se você tortura alguém — e se essa pessoa se liberta em algum nível —, você tem medo do que essa pessoa vai fazer com você. Então esse medo da branquitude dá uma volta completa pela própria violência que a branquitude empreende no mundo. É um medo quase de si mesmo, é um medo de que essa violência volte para você. Ela opera um sistema de manutenção desse medo e de controle de corpos etc. justamente para que isso não volte, para que não cuspam o lixo de volta. É um medo que está em um lugar importante para a branquitude se manter no topo.

 

"Para o branco, ele é porque o outro não é: ele não é por si, ele é porque o outro não é. Esse processo de desumanização é o que constitui aquilo que a gente chama de Ocidente no mundo."

Está posto então que existe uma disputa, uma luta racial na nossa realidade. Mas quem é “o inimigo”? 

Vou dar uma resposta polêmica para essa. Eu só vou falar porque você não é jornalista, estrito senso, então você não vai cortar uma aspa e tirar de contexto o que eu vou falar. Mas é que, pra mim, o inimigo é a própria ideia de raça, porque não existe ideia de raça sem racismo, a ideia de raça só existe porque existe racismo, então o grande inimigo é a ideia de raça, é existir ideia de raça, porque não há ideia de raça com neutralidade. Toda ideia de raça advém de uma hierarquização, e se ela vem de uma hierarquização, você tem que combater a própria ideia de raça, a luta é essa. O problema é que é um sistema muito complexo, muito elástico. A ideia de racismo, por consequência, também é muito elástica e muito complexa, e acaba que o nosso poder estar no mundo é justamente nessas quebras e nas fissuras dessa própria ideia de raça. E a quebra disso é fazer a gente ter orgulho da nossa raça, é ter orgulho de ser preto, e de transformar isso numa identidade de afirmação. Mas o grande inimigo pra mim é esse, é a ideia de raça. Pra mim o que a gente tinha que conseguir era sucumbir à própria ideia de racialidade, só que não é possível a gente fazer isso nesse momento, porque é um sistema complexo, a gente pode chamar de estrutural, pode chamar de sistêmico, pode chamar do que for, mas é elástico, resiste no tempo, e é o sistema mais complexo que a humanidade já inventou contra si mesma. Como disse o Carlos Moore,  a tecnologia de maior extermínio que a humanidade criou contra si mesma, foi a ideia de raça e eu acho que esse é o grande inimigo, e quem criou, quando eu falo ‘humanidade’, estou falando dos brancos, obviamente, falando de uma supremacia branca e de uma tentativa colonial de dominação do mundo.

Eu penso muito que grande parte do projeto da branquitude é um projeto de extermínio, como aconteceu com diversas etnias ao longo dessa recente história. Mesmo assim, a gente sobrevive, se esse projeto tivesse de fato se concretizado a gente não estaria aqui. Nesse sentido, você acha que os projetos de embranquecimento, de extradição, de extermínio fracassaram? Porque ainda discutimos eles?

Esses planos fracassaram do ponto de vista literal de extermínio, mas em algum nível prosperaram. No sentido de tornar a nossa vida bastante insuportável por aqui, nos dar uma resiliência em meio a essa violência tão grande que a gente sofre. Então, se é um fracasso porque eles de fato não conseguiram nos exterminar, porque teve uma resistência muito grande e a gente empreende tecnologias de resistência, de reação a essa violência colonial muito grande, por outro tem uma certa prosperidade em tornar nossa vida insuportável. Todas as taxas que temos de saúde, de educação, de violência principalmente, em todas elas a gente está muito mal, então a gente refaz a nossa vida, reconstrói a nossa humanidade a partir dos nossos termos, porque os termos deles são insuportáveis para nós.

E a gente é o grande milagre desse país. Eu sempre digo isso que a gente não devia exportar commodity, mas devia exportar tecnologias que a população negra e indígena produziu produziu para se manter viva. Hoje a população negra é maioria da população, a gente passou por toda a sorte de coisas nesse país, desde a escravização, passando por uma abolição inconclusa que não gerou oportunidades para a população negra, não gerou integração da população negra, até essas políticas de embranquecimento. Haviam profecias, de ditos especialistas, de intelectuais, de pesquisadores, na primeira metade do século 20, de que acabaria a mancha negra no Brasil, de que íamos ser um grande país de mestiços, um mestiço orientado para um embranquecimento da população. Então temos aí um grande milagre do Brasil, uma grande tecnologia social, que fez com que a população negra hoje, em 2024, seja a maioria da população, e crescendo. Não só somos a maioria, como estamos em franco crescimento, não só nos sentidos de contingente populacional, mas uma consciência também de pessoas que não se consideravam negras e que hoje se consideram e enxergam nisso um traço positivo.

 

"A tecnologia de maior extermínio que a humanidade criou contra si mesma, foi a ideia de raça e eu acho que esse é o grande inimigo, e quem criou, quando eu falo 'humanidade', estou falando dos brancos"

Por fim, como lidar com a branquitude? Como destruir as ideias de branquitude e supremacismo? As ferramentas do opressor podem derrubar a casa grande?

Eu tenho lido muitas coisas sobre isso e o que eu mais tenho gostado é a linha da gente conseguir inventar mundos e fabular possibilidades de vida em que a branquitude não seja parte do nosso desejo, nosso desejo no sentido de a gente querer chegar lá na branquitude, de a gente querer ser aceito, querer participar, buscar representatividade. A gente pode fazer isso estrategicamente e pode fazer isso contextualmente, não há um problema nisso, mas enquanto formulação de um novo mundo, tem que ser uma formulação de um novo mundo a partir dos nossos termos, a partir dos termos que rejeitem uma ideia de branquitude. Tem uma passagem que eu gosto muito, do Fred Moten, que ele fala que a gente precisa negar aquilo que a branquitude nos apresenta como uma possibilidade, mas também negar aquilo que a branquitude nos nega, negar tudo que vem da branquitude nesse sentido, né? 

Então negar o que ela nos oferece, mas também negar aquilo que ela nos nega para a gente poder, aí sim, construir um mundo que seja a partir dos nossos termos, das nossas próprias possibilidades, e não aquilo que a gente tem como desejo, que está nos parâmetros do que a branquitude quer, para si e quer nos negar, acho que tudo isso a gente tem que tirar de mão, né? 

Nesse sentido, não acredito que as ferramentas do opressor podem derrubar a casa grande. A gente pode construir alianças estratégicas e contextuais, não há um problema em  relação a isso, porque a gente está vivendo nesse momento, nesse tempo espaço, né? E nesse tempo espaço a gente vai precisar sempre buscar alianças contextuais e movimentos políticos e estratégicos, mas enquanto formulação de um novo mundo, fabulação de novas possibilidades, eu não acredito nisso.

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