Conteúdos especiais nesse março debatem como é ser mulher e ativista no Brasil

Falar em ativismo e maternidade pode evocar à memória a imagem de uma mãe carregando o filho no colo enquanto marcha em alguma manifestação de rua. Mas a realidade é que, para muitas, o ativismo materno se inicia antes mesmo de gestar uma criança.

 

No país, são mais de 11 milhões de mulheres que são unicamente responsáveis pelos cuidados com filhos e filhas, segundo dados do IBGE. Outro dado alarmante: 63% das casas chefiadas por mulheres encontram- se abaixo da linha da pobreza.

 

Pensando nessas intersecções e no dia 8 de março, dia internacional de luta das mulheres, a carioca Bruna Valença, mãe do Teodoro e ativista socioambiental, colocou diversas autoras, angústias e descobertas para refletir sobre a mulher-mãe-militante. Do cerceamento patriarcal, da imposição de lugares, à possibilidade de emancipação e transformação dessa sujeita.

 

Leia aqui "Maternidade e ativismo: reflexões sobre as potências e desafios da mulher-mãe-militante"

 

E também destacamos no mês de luta das mulheres:

Marina Harkot mudou tudo por onde passou, provando que a revolução está em todo lugar e em todo momento. Sua luta e memória seguem presentes na vida de toda cicloativista e também das pessoas e lugares que um dia conheceram a pessoa Marina, seu legado e história.

Lembramos da grandeza de todas ativistas que, como ela, lutaram para que cada vez mais mulheres possam se locomover usando a força do próprio corpo, através das bicicletas. Que pedalar com segurança e respeito seja um direito assegurado a todas nós.

Assista aqui o vídeo que fizemos para seguirmos pedalando como Marina.

Quem lembra da carta de Bolsonaro publicada em sites neonazistas?

 

Quem descobriu o material foi Adriana Dias, uma grande cientista social e ativista brasileira. No #Atividas, a gente homenageou e contou a história dela, que faleceu no começo de 2023, e foi, além de um grande caçadora de nazistas, uma importante pensadora e formuladora de políticas para pessoas com deficiência. 

 

Leia mais sobre a Adriana Dias em nosso Twitter.

Nos últimos anos, o Brasil tem atravessado uma crise democrática que se reverbera cotidianamente em ataques e violações à luta das mulheres ativistas ambientais. Agora com um novo governo, há um longo caminho a ser trilhado pela reconstrução do país. A luta e resistência sempre estiveram presentes na jornada das ativistas, mesmo nos tempos mais obscuros. Para além de reestruturar esse caminho, depois de tantas tempestades, é preciso seguir fortalecendo e repensando os cuidados.

 

Reconstruir esse caminho de luta e resistência, agora com um novo governo e novas luzes nesse cenário, será um trabalho árduo para todes. Neste #DiaInternacionalDaMulher, nós trazemos um pouco da discussão sobre estratégias de cuidado coletivo e autocuidado e da realidade enfrentada no Brasil.

Clica aqui para conferir o que propomos para seguir essa discussão.

Para ler, refletir e aprender

 

Fruto do golpe de 2016, a reforma do ensino médio foi convertida na Lei Federal 13.415 em 2017, durante o governo de Michel Temer e seu então ministro da Educação, Mendonça Filho. Agora, movimentos sociais da educação pedem sua revogação imediata por seu caráter precarizante, tecnicistas e contra o pensamento crítico.

 

A Izabella Bontempo conversou com pesquisadores e estudantes para mostrar porque é urgente que o governo Lula revogue a reforma.

A Luh Ferreira, colunista da Escola de Ativismo, escreveu um protesto em poesia de Luh Ferreira contra o rebatismo pelo governador Tarcísio de Freitas da estação Paulo Freire, que agora passará a chamar Fernão Dias

 

Leia aqui: "Fernão, não!"



Lembrando que lançamos online o Dez por Cento, nosso box com seis fascículos explorando as intersecções entre Paulo Freire, militância e educação.

 

Ele está disponível para download mas também sorteamos, na quinta-feira (16), dez pessoas que ganharão a versão impressa em suas casas.

Bem-vindo para quem chegou e obrigado para quem acompanha!

E terminamos com imagens de luta para impulsionar nossas batalhas. Todo mês publicamos em nossas redes sociais e no pé do site da Escola de Ativismo a série Olhares Ativistas. Neste mês, contamos com Andressa Zumpano e sua exposição "Povos de Luta". Confira uma palhinha aqui embaixo e clique aqui para conferir nossa página especial com todas as edições dos olhares ativistas!

 

Se cuidem e boas lutas!

Até a próxima.

Escola de Ativismo

A Escola de Ativismo é um coletivo independente constituído em 2011 com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização, e segurança integral, voltadas para a defesa da democracia e dos direitos humanos.

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