O maior massacre no campo neste século começou em 2017. Começou, mas até hoje não acabou. Há um ano, em 26 de janeiro de 2021, Fernando dos Santos Araújo foi executado com um tiro na nuca. Ele era um sobrevivente do Massacre de Pau D’Arco, quando as polícias civil e militar do Pará executaram dez sem-terras na fazenda Santa Lúcia, que havia sido recém-ocupada, em 24 de maio de 2017.
 
“A violência do Estado é mais potente do que qualquer outra, não apenas por seu aspecto objetivo e cunho simbólico, mas porque desencadeia diversos outros tipos de violência”, afirma em texto para o nosso blog, que destacamos neste mês, José Vargas Jr., advogado das vítimas de Pau D’Arco, que também sofre com perseguição da justiça.
Desde o massacre, outras pessoas perderam suas vidas: por depressão, assassinato e agravamento de condições de saúde pré-existentes. A falta de perspectiva de justiça e de responsabilização aos culpados é uma doença perniciosa. Assim como o luto.
 
Casos similares também são vistos em familiares e sobreviventes do massacre de Eldorado do Carajás e nas periferias brasileiras, com adoecimento de feridos e de familiares de mortos em chacinas e em execuções policiais.
 
No texto, Vargas aborda essa estrutura de morte que tem o Estado como protagonista, mas não deixa de lembrar que há caminhos possíveis para a luta.
 
Por que as tecnologias de reconhecimento facial precisam ser banidas?
Por que as tecnologias de reconhecimento facial precisam ser banidas?
O uso das tecnologias de reconhecimento facial com finalidades de segurança pública têm crescido a passos largos no Brasil. Hoje em dia, estima-se que pelo menos 20 estados e centenas de cidades no país já fazem uso destas ferramentas, à revelia das discussões sobre os problemas que o reconhecimento facial representa.
 
Vendidas como solução para um problema complexo que é "prevenir crimes", as câmeras apresentam um alto índice de erro naquilo se propõem a fazer: identificar rostos. No Rio de Janeiro, as câmeras de reconhecimento facial instaladas em 2019 já foram descontinuadas por falta de investimentos - e até hoje o Governo do Estado nunca divulgou um relatório que comprove que elas contribuíram para a segurança das pessoas enquanto elas estiveram em funcionamento. Mesmo assim, governos no país inteiro continuam apostando neste tipo de aparato.  
 
Nos Estados Unidos e Europa algumas cidades se organizaram e para retirar estes equipamentos das ruas. Em seu texto, Debora Pio explica um pouco mais porque devemos banir o reconhecimento facial no Brasil - e também como pressionar por mudanças e se proteger.

O Projeto Tor, Tails e The Guardian Project abriram uma formação sobre privacidade online, explicando o uso de ferramentas de segurança.

Esse é um chamado aberto para organizações de direitos humanos, defensores de direitos humanos, educadores populares, ativistas, militantes, feministas, campesinos, ambientalistas e defensores da liberdade na rede no Brasil interessados(as) em:
    
- Oficinas online gratuitas sobre as melhores ferramentas para protegê-lo(la) contra a vigilância e a censura online: o Navegador Tor para computadores e celular, Orbot e Tails.
- Compartilhar como melhorar as ferramentas para serem mais úteis a pessoas como você.

Para participar é necessário se inscrever por meio deste link
 
As inscrições serão encerradas no dia 28 de fevereiro.

Você se sente segura nas redes sociais? Tem algum medo relacionado à vida online? Ou já rolou algo ruim e que te deixou com a sensação de que o mundo virtual não é para você? Se a resposta para a primeira pergunta foi não, saiba que você não está sozinha. De acordo com uma pesquisa realizada pela Plan International em 20201, 58% das meninas do mundo todo já sofreram assédio on-line. Aqui no Brasil, esse número beira a 77% das meninas.

 

Partindo disso, a Iniciativa Minas que Programam criou este GUIA DE SEGURANÇA NO TWITTER. Conheça e compartilhe a informação.

Escola de Ativismo

A Escola de Ativismo é um coletivo independente constituído em 2011 com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização, e segurança da informação, voltadas para a defesa da democracia, dos direitos humanos e da sustentabilidade.

facebook  twitter  youtube  instagram 
Cancele sua assinatura   |   Gerencie sua inscrição   |   Abra online