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“A Estiagem”: Vídeo mostra como a seca tem afetado a vida nas comunidades no Baixo Tapajós

Após a seca de 2023, os impactos da seca histórica do rio Tapajós de 2024 foram registrados por documentário gravado na cidade de Santarém

Preocupações, mudança de vida e reflexões sobre o futuro de um rio e da própria sobrevivência. Esses são alguns temas encontrados no vídeo “A estiagem”. Produzido por Victor Souza e Rute Araújo com apoio da Escola de Ativismo através do edital audiovisual “Sem Justiça Climática, Não há Democracia”, o material é focado na realidade do Baixo Tapajós durante as secas extremas provocadas pelas mudanças climáticas. 

Produzido em setembro de 2024, o vídeo mostra a situação que tem afetado profundamente a vida nas comunidades ribeirinhas da região que abriga diversos povos e comunidades tradicionais no Pará. Com o material é possível conhecer as dificuldades de navegar na estiagem, entender como os trajetos são interrompidos e como são os esforços para manter o transporte entre as comunidades. Há relatos de famílias isoladas por conta do baixo nível do rio. Neste documentário vamos acompanhar de perto a jornada de barqueiros locais que enfrentam os impactos das mudanças climáticas diretamente em sua rotina e sustento.

Em um contexto de seca mais severa que o ano anterior, os relatos revelam uma adaptação forçada. 

Victor Souza, documentarista amazônico e criador da produtora independente Souza.DOC, foi o diretor e montador de “A Estiagem”. Ele conta que o material se relaciona não só com o meio ambiente, mas também com a democracia. “Este ano tivemos eleições para prefeitos e vereadores. Falar sobre a situação atual da seca na região do Tapajós é também refletir sobre como os governos estão enfrentando essa questão, quais medidas estão sendo tomadas e como as políticas públicas são planejadas e implementadas”, afirmou. 

O profissional explicou que o objetivo do vídeo vai além de apenas iniciar um debate. “O propósito é levar o público geral a pensar em soluções para enfrentar esse problema, além de estimular a cobrança de medidas mais concretas dos governantes para frear o avanço desse tipo de mudança climática extrema”.

“Quando vimos o edital, percebemos uma oportunidade de abordar a estiagem de forma que alcançasse mais pessoas, aproveitando a amplitude que a plataforma possui atualmente. A estiagem sempre existiu, como é destacado nas entrevistas; no entanto, a grande questão atualmente é como o fator humano e as mudanças climáticas têm agravado a situação, prolongando os períodos de seca nas regiões amazônicas, especialmente no Tapajós”., finalizou.

O  edital audiovisual ‘Sem Justiça Climática, Não há Democracia”, lançado em julho de 2024, selecionou projetos para apoiar a produção de conteúdos sobre clima e democracia. O objetivo principal é fortalecer a comunicação da agenda climática no Brasil através da produção de conteúdos informativos e criativos em formato audiovisual. 

 

TEXTO

Letícia Queiroz

Jornalista quilombola e repórter da Escola de Ativismo

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