Evento é considerado chave para atingir objetivos do Acordo de Paris

foto do painel de entrada do evento COP 27
Cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, que recebe a 27º edição da COP l Foto: Reprodução

 EU FALEI FARAÓÓÓ! 

Este ano, a cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, recebe a 27ª edição da COP (Cúpula do Clima da ONU – Organização Mundial das Nações Unidas). A Conferência vai do 6 ao 18 de novembro. Mas, por que temos ouvido falar tanto neste assunto nos últimos anos?

Crise do clima em foco

A emergência climática, fenômeno que já foi conhecido como “aquecimento global”, tem sido tema de debate há décadas, mas vem ganhando ainda mais destaque desde que países do mundo inteiro passaram a lidar com eventos extremos como: secas, queimadas, chuvas fortes, ciclones, ondas de calor e derretimento das calotas polares. Esses eventos climáticos têm trazido consequências sem precedentes, como milhares de mortes, aumento da pobreza, destruição de territórios inteiros, migrações forçadas e mudanças geopolíticas.

A história por trás da COP

Há quase três décadas, políticos, empresas e membros da sociedade civil se reúnem para firmar acordos, fazer pactos e pensar em estratégias de combate aos danos causados ao meio ambiente que impactam  todas as populações do mundo. É durante essas conferências que são definidas metas e objetivos para acordos globais, como já foi com o Protocolo de Kyoto (1997) e o mais recente em vigor Acordo de Paris (2015). A CNN Brasil fez uma linha do tempo dos principais acordos das COPs desde 1995.

A COP agora é pop! 

O público da COP também mudou. Se antes só os políticos, empresários e burocratas dos países ricos iam decidir sobre o futuro de suas nações, hoje já observamos movimentos sociais, ativistas, coletivos indo para a Conferência para darem seus recados. Um espaço conquistado com muita luta, com diversas ações diretas e intervenção da sociedade civil, mas que ainda sofre boicotes e restrições. Muitos ativistas que vão reivindicar o direito de participação ativa nas tomadas de decisões para ações mais eficientes para os seus países, por vezes são recebidos com silenciamento e exclusão.Apesar disso, o tema dos povos indígenas, do racismo ambiental e da mitigação dos impactos das mudanças climáticas em territórios urbanos têm sido cada vez mais destaque e é uma das agendas fortes para a COP deste ano. Em 2021, a ativista indígena Txai Suruí fez uma fala histórica sobre a proteção da Amazônia já na abertura.

Como funciona a Cúpula do Clima (COP)

Durante a COP, que dura duas semanas, acontecem vários encontros, debates e reuniões, onde os países firmam acordos de cooperação e compromissos para a agenda climática territorial e mundial. Nos últimos quatro anos, o Brasil não avançou muito nesta pauta – inclusive deixando muito a desejar em questões relacionadas à Amazônia, proteção de povos indígenas e outras populações vulneráveis. Se quiser aprofundar sua pesquisa sobre a programação e o funcionamento das COPs, entre no site oficial da conferência: Sharm el-Sheikh Climate Change Conference – November 2022 | UNFCCC, disponível em inglês, francês, espanhol e russo.

COP 27: Foto de Lula com representantes da APIB em meio a multidão no Acampamento terra livre
Em abril deste ano, Lula se reuniu com lideranças indígenas que ocupavam Brasília durante o Acampamento Terra Livre. Promessa para o novo mandato é colocar o meio ambiente no centro do debate l Foto: Kamikia Kisedje

Lula é a presença mais aguardada

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado diretamente pelo presidente do Egito, Abdel Fattah Saeed Hussein Khalil el-Sisi, e é uma das presenças mais aguardadas para a Conferência. A expectativa agora é que o Brasil seja um dos protagonistas em ações de proteção ao meio ambiente. Durante a campanha, Lula mencionou muitas vezes que iria inserir a agenda ambiental no centro das decisões políticas a partir de 2023. Além disso, também existe a expectativa de que ele anunciará o novo ministro do Meio Ambiente! Vamos acompanhar 🙂 

Para saber mais do que está rolando na COP27, acompanhe o Instagram e Twitter da Escola de Ativismo. Se gostou do assunto dessa matéria, leia também:

  1. Resistência climática nos territórios: o que é e como fazer – Escola de Ativismo – https://escoladeativismo.org.br/resistencia-climatica-nos-territorios-o-que-e-e-como-fazer
  2. A luta pela Amazônia também é urbana: ativistas se espalham nos bairros e periferias de Manaus para demandar justiça climática – Escola de Ativismo – https://escoladeativismo.org.br/a-luta-pela-amazonia-tambem-e-urbana-ativistas-se-espalham-nas-cidades-e-periferias-para-demandar-justica-climatica
  3. As mudanças climáticas impactam a população LGBTQIA+. De que maneira podemos nos proteger? – Escola de Ativismo – https://escoladeativismo.org.br/as-mudancas-climaticas-impactam-a-populacao-lgbtqia-de-que-maneira-podemos-nos-proteger
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