Embora não tenha mencionado, o visionário da computação ubíqua, Mark Weiser, previu a imensidão do poder instrumentário como um projeto social totalizante. Ele o fez de uma forma que sugere tanto sua total falta de precedentes quanto o perigo de confundi-lo com o que já havia acontecido antes: “centenas de computadores em cada sala, todos capazes de perceber as pessoas próximas, ligados por redes de alta velocidade, têm o potencial de fazer com que o totalitarismo pareça até agora a mais pura anarquia”. Na verdade, todos esses computadores não são o meio para um
hiper-totalitarismo digital. Eles são, como acredito que Weiser percebeu, a base de um poder sem precedentes que pode remodelar a sociedade de formas também nunca vistas. Se o poder instrumentário consegue fazer o totalitarismo parecer uma anarquia, então o que podemos esperar que faça conosco?
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