Uma escola, muitos ativismos

Esta fórmula sintetiza os aprendizados da Escola de Ativismo ao longo de seus dez anos de existência. Sem muros, sem salas de aula, a EA trilha caminhos descentralizados, tanto físicos, no Brasil e na América Latina, como digitais.

A certeza é a de que somos um espaço de encontro, no qual os papéis de quem aprende e quem ensina estão em constante câmbio. Os processos de aprendizagem buscam ser feitos com, e não para ativistas, entendendo que há múltiplas formas de pensar e agir, que não podem ser classificadas como boas ou más, melhores ou piores. 

Estar no meio, entre as multidões, é nosso desejo para os dez anos vindouros. Se o grito e as ordens são por destruição, a lição que aprendemos e compartilhamos é a da desobediência, da criação.

Iniciamos um novo ciclo sabendo que os ativismos são cada vez mais criminalizados, perseguidos e silenciados, por leis, ameaças e balas. O que a história ensina é que nesses momentos não se posicionar é se colocar a favor daqueles que oprimem. Isso já era algo basilar na nossa fundação, mas a reafirmação agora se faz necessária. Uma reafirmação pública, por palavras e, mais importante, por ações.

Insistiremos na busca pela justiça social e ambiental, pela horizontalidade, pela autogestão, por processos descentralizados, assim como pela partilha com outras escolas e a colaboração no surgimento de novas, com a difusão de conhecimentos construídos por todes aquel@s que nos precederam. A  educação, a comunicação, a não-violência, a ação direta e os cuidados digitais e integrais seguem nucleares para nós.

Mais multiplicidades, mais encruzilhadas, mais encontros. Que os próximos anos nos permitam seguir aprendendo, trocando e construindo juntes.

E assim poderemos dizer: muitas escolas, muitos ativismos.

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