OLHARES ATIVISTAS
A Escola de Ativismo traz todo mês o trabalho de fotógrafes que retratem em suas lentes a luta e a resistência dos povos e comunidades
JOELINGTON
RIOS
Quilombola e artista visual, Joelington Rios, trabalha e mora entre o seu Quilombo, o Jamary dos Pretos, em Turiaçu, no norte do Maranhão e no norte do Rio de Janeiro, onde desenvolve pesquisas no campo das artes visuais. Rios combina diferentes técnicas, entre a fotografia e a fotomontagem, e práticas artísticas, misturando fotografia, vídeo arte, performance, arte sonora, escultura e instalações. Sua pesquisa tem como objetivo revelar outras corporalidades, criar significado, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. Ele escolheu algumas imagens de três de seus projetos: Entre Rios e Mocambos, que retrata sua terra e seu retorno à ela; O Que Sustenta O Rio, que traz visões desidealizadas do Rio de Janeiro e suas pessoas; e Um Jardim Para Minhas Avós, em que ele usa flores e plantas de poder para reacessar e reconfigurar memórias e imagens de mulheres negras suas ancestrais.
ANDERSON
BARBOSA
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Anderson Barbosa é fotojornalista e documentarista independente que trabalha desde 2001 documentando movimentos sociais e políticos brasileiros. Acompanhou os movimentos de luta por moradia no Centro de São Paulo (SP). Em 2012, começou a trabalhar com comunidades no médio rio Xingu, acompanhando os impactos de Belo Monte em Altamira (PA), assim como a luta dos Munduruku no rio Tapajós. Migrou para o Pará para acompanhar de perto a resistência dos povos amazônicos e contribui com veículos de comunicação nacionais e internacionais.
GABZ
404
Gabz 404 (n. 1991, porto alegre) é um artista multidisciplinar trans/não binário, fotógrafo autodidata, pesquisador, ativista e astrólogo que investiga como a dissidência de gênero desafia e desestabiliza o status quo. Seus projetos buscam refletir sobre as corporalidades e sua relação com a sociedade atual. Elementos como identidade, memória, comunidade como cura, ecologia e o cosmos estão presentes em seu corpo de trabalho. Em 2020, criou “ser trans“, projeto de ativismo artístico e narrativa visual em coautoria que representa e celebra pessoas trans, travestis e não binárias através de fotografia, entrevistas e vídeos.
Instagram: @gabz404/@ser.trans
MITÃ
XIPAYA
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Mitã Xipaya é um comunicador indígena e coordenador da rede de jovens comunicadores da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira). Ele pertence aos povos indígenas Xipaya e Kuruaya, do município de Altamira, no estado do Pará, na região do Médio Xingu. Mitã é uma jovem liderança, defensor dos direitos indígenas, da floresta, da vida e de um planeta sustentável para todos.
RAFAEL
VILELA
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Rafael Vilela é um fotógrafo e jornalista brasileiro que documenta a crise climática e econômica em seu país. Foi um dos fundadores e gestores da Mídia NINJA, onde permaneceu até 2019. Seu projeto “Ruínas Florestais”, que documenta a resistência da comunidade indígena Guarani-Mbya nos arredores de São Paulo, a maior metrópole das Américas, foi finalista do prêmio Leica Oskar Barnack em 2022, ano em que também recebeu o prêmio Catchlight Fellowship e foi nomeado como explorer da National Geographic Society. Em 2023 sua participação na série de reportagens “The Amazon, Undone” foi finalista no prêmio Pulitzer de Jornalismo.
JARÊ
APINAJÉ
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Jarê Apinajé é Indígena trans, fotógrafo e artista visual. Nascido e criado banhado pelo Rio Amazonas, Jarê é ativista socioambiental e climático, luta pela proteção da floresta e de povos e comunidades tradicionais dentro de seus territórios ou contextos urbanos.
ANDRESSA ZUMPANO
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Andressa Cruz Zumpano é fotojornalista e documentarista e maranhense. Participa e colabora com missões de investigação de povos e comunidades tradicionais em situação de conflito agrário no Brasil. Ela apresenta aqui um ensaio sobre a face da resistência, lutadoras e lutadores pela terra, no campo e na cidade, em defesa de seus territórios e de sua ancestralidade. Uma curta ilustração de um trabalho contínuo, que realiza desde 2016, registrando a luta das mulheres e povos tradicionais por todas as regiões do Brasil.
JULIA
DOLCE
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Julia Dolce é pesquisadora de fotografia, colonialismo e memória e defende de maneira permanente a desconstrução do olhar e estética fetichista da branquitude na fotografia. Foi ganhadora do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da FUNARTE em 2021, com o projeto Álbuns Originários, no qual trabalhou com curadoria e digitalização de álbuns de fotografia de famílias indígenas do alto Tapajós Nestes cliques, feitos entre 2017 e 2022, há registros de protestos de indígenas guarani e do movimento Black Lives Matter em São Paulo, crianças jogando ping-pong na Ilha do Marajó, indígenas Wajuru em Rondônia, entre outras. Todas buscando trazer o foco para pautas de conflitos socioambientais e movimentos de resistência.
INGRID
BARROS
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Nascida e criada no interior do estado do Maranhão, Ingrid Barros é fotógrafa, diretora e documentarista, com atuação no jornalismo e no audiovisual independente. Ela possui olhar apurado e direcionado para temas de direitos humanos, povos e comunidades tradicionais, cultura e música popular. Para ela, “a fotografia é também um método para produzir imagens que possibilitam a construção de um novo imaginário e novas narrativas de corpos dissidentes, por meio da potencialização do bem viver, do real, da vivência honesta, verdadeira e afetuosa.”
ISIS
MEDEIROS
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Isis Medeiros é fotógrafa popular e ativista de Minas Gerais, e trouxe uma seleção os ativismos no Brasil e na América Latina.O olhar crítico e sensível de Isis busca denunciar negligência e descaso como o das mineradoras em Minas Gerais. Engajada na luta e empoderamento das mulheres, a fotografa descortina em seu trabalho as violências do Estado e as violações de direitos humanos. Realizou o projeto Mulheres Cabulosas da História e é uma das fundadoras do grupo nacional Fotografia pela Democracia. Lançou recentemente seu primeiro livro ‘15:30’, uma leitura visual dos desdobramentos do crime da mineração em Mariana em 2015.
CRUUPYHRE
AKROÁ
GAMELLA
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Cruupyhre Akroá Gamella é fotógrafo do povo Akroá-Gamella, do Território Indígena Taquaritíua (MA). O artista também é membro do Conselho de Lideranças, onde constrói o processo de comunicação interna de seu povo. As fotos que compõem este ensaio são um compilado de momentos que fortalecem a espiritualidade de Cruupyhre e partem da convicção de que nossos pés demarcam nosso território. O fotógrafo conta que, a partir do seu olhar para dentro, registra e demarca o espaço e as telas. “Tento demonstrar por meio dos meus registros essas caminhadas, andanças, realidades e vivências do meu território, bem como, retrato esses tecimentos e resistências em defesa de nossa terra Indígena.”
O site da Escola de Ativismo funciona sob licença Creative Commons mas os direitos das imagens aqui apresentadas são de cada fotógrafe.