Falando em chamado para ação, queremos propor mais algumas costuras aqui.
Primeiro: Lançamos o blog da Luh Ferreira, da Escola de Ativismo. Nele, o que não falta é inquietação. Cada novo texto é um chamado, uma proposta, um compartilhamento de dúvida e esperança.
Começamos com a educadora popular, ativista e doutora em Educação falando sobre desaparecer, num junho que foi bastante difícil. Depois, ela trouxe reflexões sobre a novela Pantanal, sobre os lambes na cidade de São Paulo cindida pela miséria e a inventividade e a tragédia de ser um Brasileiro no País de Bolsonaro.
O que não falta mesmo é a voz de uma pessoa encantada com o mundo, mas indignada com a situação dele.
Na mesma toada, conversando sem saber com Luh, está a Vitória Ferreira. Ela escreveu para a gente sobre como é ser uma adolescente crescendo num Brasil que encolhe. A mistura de vida, descoberta e indignação que são o caldo de coisas que podem, quem sabe, ajudar todos nós a vislumbrar outros futuros, presentes e até passados.
Seguindo nesse tecido invisível que vira teia com sabedoria, a jovem ativista Mirela Coelho estreou na reportagem com um texto lindo sobre o velho Chico. Sim, o rio. Mas também seu Pedro, dona Antônia, seu filho Clarindo, Ayrumã Tuxá e João Pankararu.
Cada um deles tem seu papel na vida do rio. Um trecho de vivência que se entrelaça organicamente pelas águas. Mas que é constantemente violentado pela trama das usinas hidrelétricas, barragens, deslocamentos e remoções. Que volta a se enlaçar então, numa resistência que atravessa gerações.
Leia aqui Hidrelétricas e barragens impactam gerações de comunidades nas margens do “Velho Chico”.
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Até a próxima. Se cuidem e cuidem de outres.
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