Colocamos dois temas urgentes para conversarem.

Olá pessoal, como vão?

Trabalhamos na Escola com o conceito de resistência climática que, entre outras coisas, passa pela compreensão da interseccionalidade como ferramenta de luta dos povos pela continuidade da vida. Como cada território é uma trincheira que precisa ser pensada em sua especificidade.

Em junho tivemos o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia (5) e também o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (28). Com isso em mente, trouxemos o texto As mudanças climáticas impactam a população LGBTQIA+. De que maneira podemos nos proteger?, que lança um olhar sobre como a crise climática afetará de sobremaneira as populações vulnerabilizadas e, entre elas, a LGBTQIA+. Como ficaram os abrigos? Serão seguros? Que políticas públicas específicas são pensadas? Nos espaços que discutem as mudanças climáticas, essas pessoas estão representadas? O texto pensa sobre tudo isso, mas não propõe imobilização. E mais: convoca aliades e os movimentos LGBTQIA+ a agirem e pensarem sobre isso.

Fechando o mês do Orgulho LGBTQIA+, trouxemos o texto de Érica Sarmet que propõe uma retrospectiva dos movimentos LGBTQIA+ no Brasil que supere estrangeirismos e invisibilizações e retrate de fato a busca coletiva da comunidade por “uma vida que valha a pena ser vivida”. Confira aqui o Por uma história espiralar do movimento LGBTQIA+ no Brasil - Escola de Ativismo.

Falando em chamado para ação, queremos propor mais algumas costuras aqui.

Primeiro: Lançamos o blog da Luh Ferreira, da Escola de Ativismo. Nele, o que não falta é inquietação. Cada novo texto é um chamado, uma proposta, um compartilhamento de dúvida e esperança.

Começamos com a educadora popular, ativista e doutora em Educação falando sobre desaparecer, num junho que foi bastante difícil. Depois, ela trouxe reflexões sobre a novela Pantanal, sobre os lambes na cidade de São Paulo cindida pela miséria e a inventividade e a tragédia de ser um Brasileiro no País de Bolsonaro.

O que não falta mesmo é a voz de uma pessoa encantada com o mundo, mas indignada com a situação dele.

 

Na mesma toada, conversando sem saber com Luh, está a Vitória Ferreira. Ela escreveu para a gente sobre como é ser uma adolescente crescendo num Brasil que encolhe. A mistura de vida, descoberta e indignação que são o caldo de coisas que podem, quem sabe, ajudar todos nós a vislumbrar outros futuros, presentes e até passados.

 

 

Seguindo nesse tecido invisível que vira teia com sabedoria, a jovem ativista Mirela Coelho estreou na reportagem com um texto lindo sobre o velho Chico. Sim, o rio. Mas também seu Pedro, dona Antônia, seu filho Clarindo, Ayrumã Tuxá e João Pankararu.

Cada um deles tem seu papel na vida do rio. Um trecho de vivência que se entrelaça organicamente pelas águas. Mas que é constantemente violentado pela trama das usinas hidrelétricas, barragens, deslocamentos e remoções. Que volta a se enlaçar então, numa resistência que atravessa gerações.

Leia aqui Hidrelétricas e barragens impactam gerações de comunidades nas margens do “Velho Chico”.

 

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Até a próxima. Se cuidem e cuidem de outres.

 

 

Escola de Ativismo

A Escola de Ativismo é um coletivo independente constituído em 2011 com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização, e segurança da informação, voltadas para a defesa da democracia, dos direitos humanos e da sustentabilidade.

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