Oi, como você está?

Esperamos que esteja bem e com saúde. Chegamos ao mês de maio sabendo que esses próximos sete meses do ano serão bem intensos, então que possamos nos fortalecer coletivamente para seguirmos com nossos ativismos.

 

Ao escolher entre os conteúdos que destacaríamos nessa newsletter, reparamos que elas contam um pouco sobre o trabalho de comunicação que estamos fazendo aqui na Escola de Ativismo.

 

E o que é isso?

 

Achamos, por ora, que um pouco é retratar as diversas formas de lutar para enfrentar até os piores dos tempos. É construir futuros mais justos através de contatos, ensinamentos e inspirações no presente.

 

Por isso, focamos nossa produção em contar histórias que são, em si, estratégias de luta e mapas para outras formas de viver e, de preferência, de bem-viver. Vamos a elas:

Rio Jauquara: comunidade quilombola celebra aniversário de rio, resiste e lança livro “Narrativas do Interior”.


Celebrar o aniversário de um rio e publicar um livro pode ser uma forma de luta? A história do Dia do Rio Jauquara e a publicação “Narrativas do Interior” mostram que sim.


“Vamos contando as coisas bonitas mas também as dificuldades que a gente passa”, disse o autor Pedro Silva durante o lançamento, em 28 de abril, durante as festividades do Dia do Rio Jauquara, que atravessa as cinco comunidades quilombolas do Vão Grande (MT) e desagua no Rio Paraguai.


As “dificuldades” que Pedro fala são uma referência às ameaças do agronegócio e da possibilidade de construção de uma Pequena Central Hidrelétrica que pode secar o rio do território. “Este livro é uma história de respeito e de cuidado com a nossa cultura”.


Editado e publicado sem fins lucrativos pela Escola de Ativismo e a Sociedade Fé e Vida, o livro fala do território, de suas pessoas e cultura, do mutirão ou muchirum, da construção das casas, lendas, mitos, contos e causas, sabedorias e ervas medicinais. Também grava em páginas a hospitalidade das pessoas, a religiosidade e a vida do rio.

Tem Sentimento: A resistência do cuidado de mulheres trans e cis na Cracolândia de São Paulo

 

 

Desde 2016, o Coletivo Tem Sentimento trabalha com mulheres cis e trans em situação de rua e vulnerabilidade na região da Luz, em São Paulo, mais especificamente na “Cracolândia”. A iniciativa é “fundamentada pela pluralidade de sentimentos que envolvem a nossa relação com o mundo, com o outro, com a rua e com nós mesmos, considerando a raiva, a revolta, a saudade do que não se tem e também, quase que principalmente, o amor.”

 

A ação do coletivo entende a geração de renda e o auto-cuidado como ações ativistas no território, assim como a articulação com outras iniciativas que atuam na região. Um exemplo bastante prático: a geração de renda das mulheres envolvidas no projeto está em confeccionar roupas, máscaras, kits de higiene, sacos de dormir e fazer marmitas que serão distribuídas para pessoas em situação de rua. 

 

O coletivo espera assim criar autonomia ao mesmo tempo em que se está atenta às demandas urgentes do território em que se está inserido, reforçando laços de solidariedade, pertencimento e resistência.

 

Veja aqui o vídeo que retrata essa luta.

 

Como o fim da fome passa pela luta por terra e território?

 

No Brasil, todos temos muito a aprender com a luta camponesa. Exemplo de organização, persistência, disciplina e muita, mas muita solidariedade e esperança. A jornalista Bárbara Poerner conversou, pelo blog Ativismos, com lideranças do MST e do MAB, para compartilhar alguns desses aprendizados.

 

E também com José Ribeiro Jr., pesquisador da fome, que mostra o que acontece num país onde a luta social é criminalizada e não há reforma agrária. “O sucesso do agronegócio convive bem com a fome, que é um problema político. Precisamos reconhecer os antagonismos que caracterizam nossa sociedade: não é o fracasso, e sim o sucesso do sistema agroexportador, que produz a fome”,  diz o geógrafo, que é um dos autores do Atlas das Situações Alimentares no Brasil.

Indígenas de todo o país estiveram reunidos em Brasília, no mês de abril, para o Acampamento Terra Livre (ATL). A ocupação da capital federal por dezenas de povos foi uma resposta à escalada dos ataques do governo federal. Com suas culturas, bandeiras e estratégias políticas, o ATL mostrou que o futuro é indígena. Veja no vídeo

ÚLTIMO MÊS PARA ENVIAR SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A TUÍRA:

Escola de Ativismo

A Escola de Ativismo é um coletivo independente constituído em 2011 com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização, e segurança da informação, voltadas para a defesa da democracia, dos direitos humanos e da sustentabilidade.

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